Wagner Schwartz | Renata Carvalho | Elisabete Finger | Maikon K
Domínio Público
Domínio Público nasce como resposta artística ao momento que vive o Brasil, onde artistas e seus trabalhos são “censurados e atacados”. O espetáculo concilia política, poética e pedagogia ao refletir, em uma viagem pela História. A proposta é estabelecer relações entre as múltiplas interpretações projetadas sobre a Mona Lisa e as projeções criadas pela sociedade sobre as vidas, identidades e trabalhos de quatro performers em cena.
Wagner Schwartz é autor de nove criações desde 2003, recebeu, entre outros, o prêmio APCA 2012 de “Melhor projeto artístico” por Piranha, e foi selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural Dança em 2000, 2003, 2009 e 2014. Foi curador da 10ª Bienal Sesc de Dança, colaborador internacional do Festival Contemporâneo de Dança, em São Paulo, e artista residente do Festival de Teatro de Curitiba. Trabalhou como intérprete para o coreógrafo Rachid Ouramdane, para o diretor de teatro Yves-Noël Genod e para o artista Pierre Droulers. Recentemente colaborou com os cineastas Judith Cahen e Masayasu Eguchi. Vive e trabalha em São Paulo e Paris.
Renata Carvalho é atriz profissional e diretora de teatro há 22 anos. Fundadora do MONART (Movimento Nacional de Artistas Trans) criando o manifesto “Representatividade trans” e do “Coletivo T” (Primeiro Coletivo Artístico formado integralmente por Artistas Trans em SP). Pesquisando sobre a presença do Corpo Trans nas Artes, em 2007 assume sua identidade travesti e estréia em 2012 seu primeiro monologo “Dentro de mim mora outra”, onde contava sua vida e travestilidade. Desde 2013 é atriz do grupo O Coletivo. Atualmente em cartaz com “O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”, e “Domínio Publico”, entre outros. Atua como atriz em cinema e tv. De 2007 à março de 2018 foi agente de prevençãode saúde trabalhando especificamente com a população de Travestis e Mulheres Trans.
Elisabete Finger é coreógrafa e performer, foi artista residente na Casa Hoffmann (Curitiba), fez parte da Formação Essais no Centre National de Danse Contemporaine d’Angers (França), e do Programa SODA – Solo/Dance/Authorship, mestrado em dança pela HZT/UdK (Berlim – Alemanha). Foi co-fundadora e integrante do Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial. Tem apresentado seu trabalho em diferentes contextos (dança, performance, artes visuais), com apoio de instituições brasileiras e internacionais como: Itaú Cultural, Festival Panorama, FUNARTE, Instituto Goethe, PACT Zollverein, Fabrik Potsdam, Uferstudios, Weld, entre outras. Suas peças mais recentes são MONTAGEM, NHAKA e MONSTRA, uma coreografia-colagem para pessoas e plantas(parceria com a artista visual Manuela Eichner). Atualmente mora em São Paulo.
Maikon K transita entre a performance, a dança e o teatro. O foco de sua pesquisa é o corpo e sua capacidade de alterar percepções. Sua obra tem influência de práticas xamânicas; nela o performer constrói diversas realidades através de técnicas específicas, por meio de canção, som não verbal, dança, signos visuais e atividades ritualizadas. Interessam-lhe os estados da consciência, a relação sagrado-profano, sexualidade, intensidades, o grotesco, provocar rituais, testar sensibilidades. Entre suas criações estão: Guilhotina – musical xamânico-terrorista para uma sala de aula; Corpo ancestral; DNA de DAN; Terrário – dança privê num portal interdimensional; O ânus solar.
2 e 3 nov | 20h
Teatro CCBB I
50 min | Livre
Criação, texto e performance: Elisabete Finger, Maikon K, Renata Carvalho,
Wagner Schwartz.
Colaboração artística: Ana Teixeira.
Produção: Núcleo Corpo Rastreado – Gabi Gonçalves.
Figurino: Karlla Girotto.
CoProdução: Festival de Teatro de Curitiba.
Criação de Luz: Diego Gonçalves.
Operação de Luz: Juliana Augusta Vieira.
Fotos: Caroline Moraes.
Apoio: Casa Líquida, Egrey, Fernanda Yamamoto.
Conversa pública com performers no dia 3 de novembro, após espetáculo.
Foto: © Humberto Araujo